Essa é uma questão que normalmente incomoda muito, principalmente na atualidade, em que as redes sociais cobram a exposição.

O introvertido não é afeito a exposições e ao convívio social, mas também não age como o tímido, já que a timidez remete a pessoa ao medo de julgamentos e de rejeição, enquanto a introversão leva uma pessoa a manter-se mergulhada em seu mundo e, cada vez mais, ao isolamento, não se importando com o grupo.

Ocorre, no entanto, que os seres humanos necessitam ter um “bando” para convívio, para compartilhar ideias, sentimentos, desejos, para pedir ajuda.

A introversão extremada poderá levar uma pessoa a não ter com quem compartilhar sua vida e a criar as próprias fantasias de forma a alimentar, inconscientemente, essa necessidade, falando com seu computador, com seus livros, com suas próprias ideias e, talvez, com um único amigo.
Se você é extremamente introvertido ou convive com alguém que o seja, busque ajuda.

Se estiver com um adolescente nessa situação, saiba que ele deve ser auxiliado a buscar boas parcerias, que o levem a conviver bem com “seu bando”.

Ele vai continuar sendo introvertido, mas não irá isolar-se. É possível mudar essa situação.

Não precisamos ser os seres mais falantes e nem o centro das atenções. Precisamos apenas querer conviver em sociedade para que a troca de sentimentos seja possível.
Lembre-se de que tudo deve acontecer na medida certa.

Aqui, estamos falando de pessoas extremamente introvertidas.

Alcedina Cezar – Psicanalista